20 de novembro de 2009

12 de novembro. Natal. Ano novo.




Começa com a proximidade do aniversário. 12 de novembro. Tinha que ser no final de ano, não poderia ser no meio do carnaval, às vésperas do São João? Podia ser também num mês qualquer... agosto, um mês que não acontece nada!

12 de novembro. Natal. Ano novo.

Acho que é porque essas datas me trazem à consciência a noção de tempo. Tempo que passou. Tempo que está por vir. Sou horrível com essas coisas de tempo.

Então essas datas me fazem pensar no tempo. Mais um ano que passou! Quanto tempo perdido! O que eu deveria fazer e não fiz?

Me mostram exatamente qual foi a largura do meu passo rumo à evolução.

Me sinto só mesmo rodeada de gente. Mesmo tendo tanta coisa para comemorar. E tenho!

Devo, talvez, comentar que tenho uma tendência ao pessimismo. E que não consigo ver graça nas luzes de natal. Nem nas cores ofuscantes, naturais da época. Acho tudo sem graça. Também não consigo entender essa felicidade tão superficial e vazia das pessoas em contraponto à substancial tristeza que sinto.

Tá tudo ligado à essa coisa de tempo, dessa consciência que eu não tenho durante o ano inteiro. Realizações, perdas e danos, tudo vem à tona durante esses dias. Coisa que não acontece durante o ano. Durante o ano você vai vivendo, tudo em cima da hora, no limite. Vivendo, sobrevivendo, fazendo remendoas aqui e acolá, sem saber quanto tempo isso leva. A festas de ano novo me fazer perceber quanto tempo isso leva. Mais um ano!

Essa consciência do tempo não é algo ruim, acho que as pessoas deveriam fazer o mesmo em vez de sair por aí comprando, compulsivamente, sobrevivendo, como no resto do ano.

É um tempo único.

Tempo de reflexão. Coisas de espírito.

Em janeiro acaba.

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