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Eu era assim... |
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...fiquei assim. |
A cadeira estava lá, jogada num canto. Não servia mais para o propósito ao qual foi criada. Estava torta, ninguém queria sentar nela. E como miséria pouca é bobagem, quebraram seu encosto. Pior: remendaram!
Estava triste, ameaçada de ser descartada. Não encontrava mais razão para sua existência.
Então num dia, me enchi de compaixão.
Primeiro desmontei ela toda. E lhe dei uma roupa nova, moderna, colorida. Percebi que seu humor mudou logo de cara mas... ainda estava em pedaços.
Então cuidei de suas feridas. Com uma lixa grossa para ferros, tirei seus pontos de ferrugem e a deixei toda lisinha.
Depois lhe dei uma camada de cor, coisa fina, suave e delicado como um spray. O sorriso foi instantâneo. Cuidadosa, lixei, com uma lixa mais suave, os calombinhos de tinta que ficaram e lhe dei mais uma camada de cor. Brilhou de tão feliz!
Quando juntei seus pedaços de novo, ela estava radiante, não se cabia dentro de sí. Agora a antiga cadeira virou uma mesinha para o notebook. Pode ser que não tenha nascido pra isso, mas está feliz, pois encontrou um novo sentido na vida