14 de abril de 2011

Uma pausa para a solidão

A sensação da solidão é terrível. Se apossa de você e te preenche todo.

É como está sendo afogado, mas não há água.

E você beira a morte, mas não há abismo.

Você sente dores terríveis no corpo, mas não há ferimento aparente.

Vem sorrateira e demora uma eternidade para ir embora

E tem a vontade louca de chorar. Ou a vontade incontrolável de matar, ou a de morrer.

Alcança o absurdo.

Expõe suas próprias fraquezas, a solidão é imperdoável.

Mas não se engane, Poucos podem sentir solidão.

A solidão de verdade, a que doe, a que afoga, só sente quem tem algo a perder.

Só quem sabe o que é a “não solidão” sabe a dor que é estar sozinho.

Para existir a solidão, tem que existir a companhia, o abraço, o beijo, o carinho. Do mesmo jeito que para se odiar é preciso saber amar, para perder é preciso ter.

Aquele que nunca teve alguém para amar, compartilhar, brigar, discutir, para descontar nele a culpa dos outros, afagar, acariciar, para fazer sorrir ou chorar, tem sua vida oca, um imenso vazio, mas convive com isso.

Difícil é conviver com a solidão.

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