12 de maio de 2008

Quem morre?

Esse poema  me foi dado de presente pela minha amiga Taíse, via Orkut. Não sou chegada a poemas ou bichinhos bonitinhos que mandam por scraps. Apago todos. Mas esse eu decidi deixar até colocar aqui no blog, por que é de um desses gênios que consegue escrever o que eu queria dizer, mas não possuo capacidade pra tanto...
***
Quem morre?


Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
quem não muda de marca,
não arrisca vestir uma cor nova
e não fala com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão seu guru.
Morre lentamente quem evita a paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pingos sobre os “is” a um redemoinho de emoções,
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no
trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

(...)
Pablo Neruda

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